A italiana Eluana Englaro morreu há muitos anos. Há 17 anos, quando sofreu um acidente de viacção que a colocou em estado vegetativo persistente (EVP). Respirava, abria a fechava os olhos, dorme e, volta e meia, mexia-se. "O doente vegetativo não tem consciência do eu e não tem vida de relação", contou ao jornal Público o médico Luís Campos. "Não estabelece comunicação".
Cartoon de Vejo
Eluana não estava em coma, encontrava-se em EVP desde 1992, sem possibilidades de recuperar. A sua morte assistida, eutanásia, mereceu todo o tipo de reacções: contestação, protestos, apoios, apelos e o protesto da Igreja Católica.
Não foi o primeiro caso e não será o último. A questão é difícil, pois claro. Do ponto de vista ético, deontológico e humanitário. Mas não se resolve nada colocando uma pedra em cima do assunto ou assobiando para o lado.